quinta-feira, 23 de outubro de 2014
sábado, 4 de outubro de 2014
Deuses não usam toga
Juiz no Brasil não se acha um Servidor Público. Se acha Deus
O juiz brasileiro considera-se a autoridade máxima e competente para dizer a verdade dos fatos que está em um processo, mas não se sente um prestador de serviço. Ele não se interessa, por exemplo, se está resolvendo problema social, se está produzindo custo social ou se sua decisão está afetando vidas humanas de forma definitiva.
Normalmente, o juiz brasileiro sente-se tão superior, mas tão superior aos outros, que parece viver em um mundo à parte. Parece estar em uma órbita celestial distante anos-luz do planeta em que vivemos. É tão prepotente e arrogante em suas decisões que eu desconfio, sinceramente, que ele não se veja como "humano".
Juiz no Brasil confunde prestar justiça e fazer justiça. Não é atoa que as maiores instituições de justiça no país estão distantes da população, longe dos anseios democráticos e legítimos de seu povo. E não é atoa também que as corregedorias que deveriam investigar os juízes não funcionam - "Até as pedras sabem que elas não investigam" teria dito o próprio Gilmar Mendes.
A decisão que validou o poder de investigação do CNJ foi um golpe nesta "mentalidade" dos juízes, mas ainda está longe de representar uma vitória definitiva sobre o corporativismo.
A professora Luciana Gros, da Escola de Direito da FGV (SP), disse em recente entrevista ao Valor que "só a democratização do poder é capaz de reverter a queda do prestigio das instituições no Brasil". Concordo inteiramente com ela. E torço e rezo todos os dias – já quase sem esperanças – que isto de fato aconteça.
Normalmente, o juiz brasileiro sente-se tão superior, mas tão superior aos outros, que parece viver em um mundo à parte. Parece estar em uma órbita celestial distante anos-luz do planeta em que vivemos. É tão prepotente e arrogante em suas decisões que eu desconfio, sinceramente, que ele não se veja como "humano".
Juiz no Brasil confunde prestar justiça e fazer justiça. Não é atoa que as maiores instituições de justiça no país estão distantes da população, longe dos anseios democráticos e legítimos de seu povo. E não é atoa também que as corregedorias que deveriam investigar os juízes não funcionam - "Até as pedras sabem que elas não investigam" teria dito o próprio Gilmar Mendes.
A decisão que validou o poder de investigação do CNJ foi um golpe nesta "mentalidade" dos juízes, mas ainda está longe de representar uma vitória definitiva sobre o corporativismo.
A professora Luciana Gros, da Escola de Direito da FGV (SP), disse em recente entrevista ao Valor que "só a democratização do poder é capaz de reverter a queda do prestigio das instituições no Brasil". Concordo inteiramente com ela. E torço e rezo todos os dias – já quase sem esperanças – que isto de fato aconteça.
Tags: Brasil, Justiça, Transparência
sexta-feira, 3 de outubro de 2014
Engolindo sapos
Eu podia estar lambendo um sorvete de morango, comendo uma pizza de alho e óleo, macarrão chinês, bacalhau à portuguesa, pintando os lábios, fumando um cigarro, tomando um café, beijando meus gatos, meu marido... eu podia, mas segue a fase de perseguição de semi-deuses ou de humilhação... parece que isso nunca vai terminar, meus deuses! Poderia transformar o sapo que estou prestes a engolir num príncipe encantado. Poderia. Me recuso a engolir sapos!
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