quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Reflexão aquariana


Se me fosse dada a permissão ao conselho:

Diria para que grites. Fale o mais alto que puder. 
Ao menos uma vez.
Seja indelicado, frio. Diga o que não deve ser dito. Tome o salvo conduto do erro, ao qual padece a humanidade.
Fique sujo, inquieto. Não aceite a dor do irreconhecível. Escale uma montanha quando o corpo não permitir. E cante uma canção proibida, na mesa de família.
Entregue o jogo, pelo simples prazer da autodestruição. Ranja os dentes, e diga sua palavra mais suja, no púlpito.
Erre mais de uma vez o mesmo erro, e delicie-se com o resultado.
Faça o que nem veio à cabeça. Perca o controle. Esmurre algo sólido, duro. Sangre.
Exponha-se ao ridículo, desafine. Fique sem palavras, e não cale. Passe a vez, desista. Force a barra.
Engorde. Aproveite a feiura de um dia ruim. Tenha um prazeroso desafeto, excomungue.
Maltrate-se e trate-se como for. Finja de morto.
Suba, ao descer. Faça o contrário. Seja óbvio e torpe. Ria.
Disque um número qualquer, e dê notícias. Seja inconveniente, pesado. E abandone. Largue o que for de vidro. Recorte-se.

E morra. Ao menos uma vez.

Texto de Jonas Lewis

Oficial de justiça: inadequação ao se identificar

MAIS UM RELATO DAS MINHAS DESVENTURAS EM SÉRIE

Seguramente, a justiça brasileira é uma piada; naturalmente seguindo os parâmetros do governo ou desgoverno brasileiro. Elas se combinam perfeitamente, como a mão e a luva; ou a foice e o martelo.

Para quem não acompanha esse blog que foi exaustivamente copiado e bloqueado, tenho histórias absurdas que se relacionam a uns três processos judiciais. Acredito que em fase final de conclusão e arquivamento, já que aqui informo publicamente QUE NÃO POSSUO BENS MÓVEIS OU IMÓVEIS E MINHA CONTA BANCÁRIA ACOMODA MEU BENEFÍCIO que dá pra pagar picuinhas do cotidiano, comprar arroz, feijão, sal e açúcar; vez em quando uma passadinha numa loja pra comprar calcinhas.

Portanto, não me processe!

Meus bens não são passíveis para indenizar ninguém, já que se tratam de valores morais, como honestidade, coerência, justiça, bondade, compaixão, inspiração, criatividade e verdade. Meu diploma de bacharel em Comunicação Social, especialização em jornalismo; meus estudos sobre ocultismo, magia e astrologia e minhas habilidades psíquicas: isso ninguém pode me tirar.

Então pela segunda vez, devido a um processo sem eira nem beira, advogados se prestam pra tudo, devidamente remunerados, hoje uma senhora que se identificou como oficial de justiça lá da calçada em frente a minha casa, em alto e bom som para quem quisesse ouvir. Essa cidadã, presumivelmente preparada para exercer tal cargo, recusou-se a entrar e manter minha privacidade longe dos ouvidos dos vizinhos. Seguiu - para minha raiva - a falar alto sobre os bens que provavelmente teria.

- Não tenho bens em meu nome! - disse em resposta a essa situação desrespeitosa e constrangedora.
Não sei de que inferno essa criatura mal educada saiu.

Então mais uma vez reforço aos meus algozes sem miolos ou decência: não tenho nada para que possa indenizá-los. E volto a enfatizar que a processada é a vítima. Inversão de valores é a coisa mais corriqueira neste país caminhando a passos largos para o ultrapassado e vil comunismo. 
Oficial de justiça também é cúmplice na indústria jurídica exitosa dos "danos morais", inclusive para os que não tem moral nenhuma e batalham sob os auspícios do poder judiciário pra ganhar um dinheirinho às custas dos outros, bem à moda brasileira. Isso é nojento!