quinta-feira, 1 de março de 2012

A hora do mosquito

Aqui na zona sul de Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul (região Sul do Brasil), existe uma hora em que saio fechando janelas, esteja calor ou não. Hoje está calor ainda e já saí fechando portas e janelas. Motivo: os mosquitos saem dos cantos escuros e se dirigem para dentro de casa. Além desses que chegam da rua, há também os que já estão dentro da minha casa, saindo debaixo da cama, dentro das estantes, embaixo da mesa e em todos os lugares pretos, onde dormiram com a barriga cheia ou não.

Entende-se por isso um exército de mosquitos ávidos por sangue, o meu A positivo e o dos meus bichos. Dizem que o mosquito que pica é a fêmea. Que danada! E os mosquitos machos onde andam? O que eles fazem? Dormem o dia todo? Cuidam dos filhos?

Este mosquito da foto é o da dengue: malhadinho. Este aí nunca vi por aqui, apesar de ser míope.

Como sou alérgica a picadas em geral, saliento o estrago que faz em mim a picada do mosquito de mato, que está ativo dia e noite. Tenho cicatrizes nas pernas de muito anos atrás de mordidas desses bichinhos ferozes.

Na hora do mosquito, além de me resguardar da invasão e plugar na parede um repelente, fico me picando com idéias nem tanto sangrentas. Estas idéias me suscitam comichões por todo o corpo, como se tivesse alergia a este estado mental. A pressão arterial aumenta, Ansiedade. Fome. Vontade de me sumir. É a hora em que o marido deve chegar em casa. Simplesmente porque é a hora em que fico sabendo se ele recaiu ou não. Não sei o que me maltrata mais: se são os mosquitos ou o alcoolismo do outro. Ninguém merece. 

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