sábado, 4 de outubro de 2014

Deuses não usam toga

Juiz no Brasil não se acha um Servidor Público. Se acha Deus

O juiz brasileiro considera-se a autoridade máxima e competente para dizer a verdade dos fatos que está em um processo, mas não se sente um prestador de serviço. Ele não se interessa, por exemplo, se está resolvendo problema social, se está produzindo custo social ou se sua decisão está afetando vidas humanas de forma definitiva.

Normalmente, o juiz brasileiro sente-se tão superior, mas tão superior aos outros, que parece viver em um mundo à parte. Parece estar em uma órbita celestial distante anos-luz do planeta em que vivemos. É tão prepotente e arrogante em suas decisões que eu desconfio, sinceramente, que ele não se veja como "humano".

juiz-brasil-corporativismo

Juiz no Brasil confunde prestar justiça e fazer justiça. Não é atoa que as maiores instituições de justiça no país estão distantes da população, longe dos anseios democráticos e legítimos de seu povo. E não é atoa também que as corregedorias que deveriam investigar os juízes não funcionam - "Até as pedras sabem que elas não investigam" teria dito o próprio Gilmar Mendes.

A decisão que validou o poder de investigação do CNJ foi um golpe nesta "mentalidade" dos juízes, mas ainda está longe de representar uma vitória definitiva sobre o corporativismo.

A professora Luciana Gros, da Escola de Direito da FGV (SP), disse em recente entrevista ao Valor que "só a democratização do poder é capaz de reverter a queda do prestigio das instituições no Brasil". Concordo inteiramente com ela. E torço e rezo todos os dias – já quase sem esperanças – que isto de fato aconteça.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Engolindo sapos

Eu podia estar lambendo um sorvete de morango, comendo uma pizza de alho e óleo, macarrão chinês, bacalhau à portuguesa, pintando os lábios, fumando um cigarro, tomando um café, beijando meus gatos, meu marido... eu podia, mas segue a fase de perseguição de semi-deuses ou de humilhação... parece que isso nunca vai terminar, meus deuses! Poderia transformar o sapo que estou prestes a engolir num príncipe encantado. Poderia. Me recuso a engolir sapos! 

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Gatos são seres especiais


A ENERGIA DOS FELINOS

Os gatos possuem uma conexão com o mundo mágico, invisível. Assim como os cães são nossos guardiões no mundo físico, os gatos são nossos protetores no mundo energético. Durante o tempo em que passa acordado, o gato vai “limpando” a sua casa das energias intrusas. Enquanto dorme, ele filtra e transmuta esta energia. O gato pode, muitas vezes, ficar em lugares com baixa circulação de energia ou Chi vital para poder ativar esta área.

Quem já não presenciou seu gato olhando para o nada, totalmente imerso... Ele certamente vê coisas que não vemos, desde insetinhos microscópicos até seres de outras dimensões. Muitas vezes seu gato vai para um lugar isolado da casa e começa a miar... Não é só atenção que ele quer: é uma espécie de alerta que ele está dando: a qualidade da energia daquele espaço precisa ser melhorada. Nossos problemas, nosso stress diário é absorvido pelo gato. Quando a barra pesa demais e o espaço está muito carregado, não raro o gato adoece.

Claro que o gato não é o único responsável pelo o equilíbrio energético do seu lar, mas ele se esforça bastante. Quando mais harmônico for seu ambiente, menos energia negativa ele precisará filtrar e conseqüentemente será mais feliz e saudável.

Quando dormimos, nossos corpos astrais separam-se do corpo físico e vão para a quinta dimensão, a dimensão sem tempo e espaço: a dimensão em que estamos durante nossos sonhos. Por falta de treinamento e preparo, na grande maioria das vezes não enxergamos essa dimensão tal como ela é, em vez disso a “mascaramos” e codificamos com nosso conteúdo psíquico e inconsciente. Os gatos muitas vezes nos acompanham nessas viagens astrais ou protegem nosso corpo astral, além de guardar o nosso quarto de espíritos indesejados enquanto dormimos. Essas são as razões pelas quais eles gostam de dormir conosco na cama.

Os gatos também monitoram nossa evolução. Durante sua convivência conosco, eles transmitem informações a dimensões superiores, servindo como radares e transmissores. Além disso, como transmutadores de energia, eles auxiliam na cura, desempenhando um papel semelhante ao dos cristais.

Os gatinhos são professores, eles ensinam a amar. Um amor livre, não submisso, respeitador do arbítrio alheio e das diferenças. Por isso tantas pessoas têm dificuldade de conviver com gatos e os acham “interesseiros”. Primeiro, você tem que conquistar a confiança de um gato. Depois, você tem que aprender a respeitá-lo. Ele vai demonstrar afeto quando realmente estiver disposto, não a hora que você mandar. Gatos emanam amor. Do ponto de vista energético, pessoas que têm alergia a gatos são pessoas que têm dificuldade de deixar o amor entrar em suas vidas.

De acordo com Caroline Connor, se há muitas pessoas na família e um único gato, ele pode ficar sobrecarregado absorvendo a negatividade de todos. É bom ter mais de um gato para dividir a carga entre eles, ainda mais nesses casos.

Se você não tem um gato, e um gatinho de rua aparece em sua vida, é porque você precisa de um gato em uma época particular. O gatinho está se propondo a ajudar você. Se você não pode acolher o gatinho, é importante que você encontre um lar para ele. O gatinho chegou até você por alguma razão que você pode não compreender a nível físico, mas você pode descobrir através dos sonhos se assim desejar. Muitas vezes o gatinho aparece, cumpre sua função e se vai.

Fique atento à forma como os gatos reagem a visitas na sua casa. 
Muitas vezes eles estão tentando protegê-lo de um campo áurico negativo ou pesado.
  

Obs. desconheço autoria desse texto extraído do facebook.

Tai Tai descansando






sábado, 6 de setembro de 2014

Hello Google!

Sede na Califórnia, EUA
Tenho observado que seguidamente, mesmo semanalmente vejo no globo a localidade de Mountain View acessando meu blog. Não sei se isso acontece com outros blogs. 

De qualquer forma sinto-me honrada com o interesse do "deus Google" me acessando assim seguidamente. Seja sempre bem-vindo. Como tenho Sol em Escorpião e Plutão na casa um, espero que não esteja me espionando. Arquétipo de Escorpião também tem um quê de paranoia...

Aproveito para agradecer ao Google as ferramentas que me dispõem para os subsídios na edição do blog, como informações em geral, fotos e ilustrações. Sem Google esse blog não existiria. Obrigada. I love Google!  

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Reflexão da lua crescente: o megafone

Então tem dias que não amanheço e noites que não adormeço. Processo criativo não escolhe horários. Não há regras. Mas em geral as palavras vertem com mais facilidade na madrugada. Até porque escritor não combina com mulher que lava roupa, passa, limpa a casa, faz comida, cuida de jardim, de gatos e cachorro. Absolutamente não combina. De dia lavo e cozinho, de madrugada escrevo e invento.

Confesso que não pretendia escrever nada. Estava aqui apenas decifrando a maneira de trocar a capa do blog, as letras, as cores e minha foto em versão ruiva.

Então pesquisando algumas fotos vi um pensamento de um escritor inglês, provavelmente meu parente, que disse algo que me tocou muito profundamente, porém escreveria o contrário. A humanidade é que usa um megafone em seu sofrimento descomunal e avassalador para se fazer
Afinal, quem é surdo!
ouvir. Parece que o Criador está tão longe e absorto em seus pensamentos que não nos escuta; as orações e preces são perdidas, as meditações são muito superficiais e rápidas, tão velozes que escapam do sentido de Deus. Imagine-se no lugar dele, a trabalheira! Entendo. Mas não custa insistir para que ouça o clamor desse planeta que se esfarela em dor, lágrimas, sangue e atrocidades.

Ou Deus está passando por deficiência auditiva e nós estamos passando por essa mania incômoda de sussurrar preces na tentativa de não causar incômodo. Na verdade, dá vontade de gritar!

E ainda sem vontade de dormir e descansar, acho que vou tomar café e comer um pão, que compartilho com vocês...

Tenham um bom dia. 

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Deus se enganou

Deus
Desde a última vez que o vi era mais jovem, sem barba, cabelos encaracolados, sem rugas e tinha um jeito jovial e sem essa cara de mau humor aí do lado. Não estava rodeado por anjos nem batia boca com o demônio. Usava sapatos de boa qualidade feitos em Novo Hamburgo, não segurava esse pau ameaçador; roupas confortáveis e admitia que não era perfeito, pois arrependia-se de ter mandado seu filho Jesus a esse planeta para no fim morrer de forma tão cruel. Mas, enfim, já tinha feito e não podia desfazer.

Ele me disse:

- Sabe, minha filha, enviei Jesus pro planeta errado, na hora errada. Não queria seu sofrimento nem sua morte. Isso devia ter um final feliz, não trágico.

E eu fiquei pensando, se Deus se enganou com seu único filho, o que pensar de seu provável engano de me enviar para onde estou. Ele leu meu pensamento e me pediu perdão.

- Perdoe-me, cometi um erro. Mas da próxima vez vou te enviar pro lugar certo. Apenas tenha paciência.

Sentada ao lado desse velho de hoje, ajeitando-me na fofa nuvem branca, minha dor quase desapareceu.

- Obrigada, senhor Deus. Pense comigo, e se tivesse mandado no lugar de Jesus uma filha para salvar os homens daquela época...

- Eu tenho uma filha muito amada, mas não teria coragem de enfrentar todo aquele sofrimento na cruz, até porque ela rapidamente se apaixonaria e teria um bebê, meu neto. Então acho que Jesus cumpriu sua missão.

- E o senhor não pensa que sua filha teria essa coragem de lutar e levar a todos os homens a sua palavra! - indaguei.

- Confesso que não sei. Mulheres são complicadas, tem TPM e desejos estranhos... Por isso, as mulheres são feiticeiras, tem sabedoria e muitos poderes. Quem sabe num tempo distante eu possa mandar uma mulher para morrer na cruz e nos salvar. Quer se candidatar nessa futura missão, minha filha, - perguntou.

Ao que respondi:

- Já faço parte disso, meu senhor, pregada há anos nessa cruz num lugar errado, sem seguidores, desconhecida, amaldiçoada e sem descendentes. Aqui onde vivo todos ficam pendurados na cruz durante toda a vida. E quando morrem altares não se erguem, velas não se acendem, não há discípulos nem última ceia. O senhor se enganou.

Levantei-me da nuvem e fui embora. Em nome do pai, da filha e do espírito santo. Amem.

De longe, voando na minha vassoura surrada, gritei:

- Deus, não permita que o PT no Brasil vença as eleições!

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

PT forever!

Tomara que eu esteja redondamente enganada, mas será uma tarefa hercúlea dizimar com a máfia petista incrustada nesse país chamado braseiro, quer dizer Brasil. Um país com dimensões continentais e povo de mente estreita, muito estreita, apesar de teses astrológicas de um país com ascendente em Aquário, que me recuso a acreditar. É um país de faz-de-conta, não de contos de fadas, mas de monstros corruptos, manipuladores, assassinos, que podendo comprar o que está ligado ao poder, compram sem vergonha na cara. Fazem o que bem entendem e tudo fica por isso mesmo.


A manobra petista de botar Marina Silva no lugar do imolado em acidente aéreo, ingênuo Eduardo Campos, candidato simpático com olhos claros do PSB, foi o cúmulo da tentativa de se perpetuar no poder. Só não percebe quem anda vendo mais novelas da Globo do que o noticiário. O luto e o caixão viraram bandeira de campanha do partido. PSB, leia-se PT, e sabe-se lá quais outros; mudam as letras, a essência segue a mesma. Se dona Dilma, abençoada por Lula não conseguir se reeleger, tem a Marina para dar continuidade. Sai o casaco vermelho enjoado e entra um manto verde de fibra de algodão. Sai uma dentuça, entra uma mulher com cara de freira. Se isso acontecer, pior pra nós, tudo continua na mesma, talvez pior. Muito pior!

Acredite, PT não tem nada a ver com política. Tem a ver com interesses sombrios, com máfia, com lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, impunidade, maracutaia e cheiro de podridão.

Com uma mulher na presidência da República, seja verde ou vermelha, um novo-velho ciclo vai começar. Mulheres embalando um povo à beira da morte. E nada mais adequado do que providenciar leitos fúnebres para a canção de ninar tétrica e amaldiçoada.

Lá, lá, lá... 

sábado, 16 de agosto de 2014

Trilha sonora para corrida presidencial no Brasil

São muitos os candidatos na corrida presidencial, no entanto o panorama recentemente mudou com a queda do avião que levava o presidenciável Eduardo Campos que faleceu. O país ficou consternado. Como se uma bandeja de copos de cristal tivesse desabado; só um copo se quebrou, curiosamente e estranhamente. O cenário político brasileiro torna-se algo sombrio, perigosamente manipulado pelos poderosos que não querem perder a teta e manter o status quo. Não confio em nada nem em ninguém. Não tenho candidato para votar, até porque votar numa máquina facilmente manipulável é algo inútil. 
O Brasil tá virando piada de mau gosto. A tendência é o continuísmo. Isso todo o mundo sabe. Mudam algumas cabeças mas a merda segue a mesma, de salto alto, batom ou gravata, tanto faz. Já disse aqui que o Brasil não tem cura.  

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Sabotagem

Transcrevo aqui o texto garimpado em postagem no FB a respeito do "acidente" que tirou o presidenciável Eduardo Campos da corrida à presidência da República desse país do "me engana que eu gosto". Novamente tomei meu café da manhã assistindo uma tragédia aérea. O pão desce aos tropeços e o café esfria; isso que dá ter televisão na cozinha... mas enfim, agora a curiosidade aumenta e tenho medo de me defrontar com minha intuição. Não vou publicar aqui, pelo menos por enquanto, o que acho que há por trás de tudo isso. Se publicar, arranjo novo processo...

A seguir o texto:
COMEÇA A GANHAR CORPO AQUILO QUE NO INTIMO TODO BRASILEIRO JÁ PENSOU HOJE>>Esse avião não caiu, cairam ele.E quem tem a ganhar com a morte de Eduardo Campos é justamente aquele povo que disse que em eleição pode se fazer o diabo.(mascate)
A queda do avião que vitimou o candidato Eduardo Campos foi a menos de trezentos metros aqui da empresa.
No momento da queda ouvi barulho de turbinas e em seguida uma explosão.
Levei alguns segundos para entender o que estava acontecendo por dois motivos.
Ontem muita gente aqui da terrinha sentiu um tremor de terra seguido de um estrondo e até agora ninguém sabe o que aconteceu.
E o que pegou mais é que as janelas aqui do escritório são viradas para o mar, e o vento que sempre bate por aqui, ainda mais em dias com o tempo horrível como o de hoje fazem com que os vidros trepidem bastante.
No momento da queda percebi um ruido muito alto e em seguida um estrondo, num primeiro momento deu a impressão de uma rajada de vento seguida de um trovão. No caso o rei dos trovões, pois até a alma tremeu.
Quando percebi que o ruído não era bem o que a natureza costuma nos dar fui para a janela e vi uma coluna de fumaça preta e muita gente correndo naquela direção.
Fui ao local e percebi que a queda do "helicóptero" foi bem dentro do quarteirão, ou seja, não pegou fachada de casas, caiu dentro dos quintais. São terrenos com uns 50 metros de fundo, portanto longos.(o que faz se pressupor que o piloto fez de tudo e de modo consciente para evitar tragédia maior),o que o torna sem dúvida um heroi.
Vi muita gente saindo machucada de uma academia que foi atingida. Mas, o oba-oba era enorme e eu não tinha nada mais a fazer por lá. Voltei e comecei a tentar receber notícias. Um conhecido jurava de pés juntos que era um Lear Jet. E azotoridade falando em helicóptero de pequeno porte. pela explosão e pelo estrago pequeno porte é o caraleo. Caiu coisa grande....E caiu mesmo.
Bem, o que me causa espanto são alguns pontos dessa queda.
Primeiro o estrago no local é centralizado, uma queda de avião deixa rastros, no caso tem um "centro" coberto de pedaços espalhados pelos telhados e quintais da vizinhança.
A fuzelagem do avião..alguém viu? Não tem um pedaço inteiro que de para identificar.
Olhem a foto acima e procurem um pedaço que mostre que naquele local bateu um avião.
Lembrei do avião da TAM que bateu no armazem em SP, tudo destruído, mas a cauda intacta. Neste caso não tem nada meio inteiro. Apenas destroços e espalhados em círculo, coisa que leva a crer em explosão antes da queda.
Alguns moradores alegam terem visto uma bola de fogo no ar...então...
E a explosão foi muito forte, chegou a quebrar vidros há mais de 200 metros do local.
Na minha opinião, essa queda foi muito estranha, parece sabotagem.
O barulho das turbinas estava normal e não era um barulho de turbinas "cheias" como se o piloto estivesse acelerando para tentar levantar a aeronave. A pancada no solo foi forte, mas nada que demonstre uma queda em planagem ou aceleração. Tudo indica para uma explosão. Não sou especialista em queda de aeronaves, mas não sou burro e sei muito bem o que senti e ouvi.
Quando falaram em helicóptero ainda comentei com meu interlocutor que havia barulho de turbina de avião. Não podia ser helicóptero pelo barulho, pela pancada e pelo estrago na vizinhança. Mas...
Esse avião não caiu, cairam ele.
E quem tem a ganhar com a morte de Eduardo Campos é justamente aquele povo que disse que em eleição pode se fazer o diabo.
Só fico preocupado com a combalida democracia Tupiniquim, se a queda foi atentado, vivemos em tempos extremamente difíceis para as liberdades sociais, e a instalação de uma ditadura está caminhando aceleradamente para sua efetivação.
Será que teremos um novo Celso Daniel?
Estranho...muito estranho....
Em menos de um mês morrem dois ilustres pernambucanos. Suassuna e Campos.
Um outro pernambucano filhodaputa nem câncer mata!!

Caio Portella

Voltar pra casa

À procura de meu espaço sagrado

Ainda não conheço esse lugar, bem longe de Porto Alegre, numa estrada em meio ao mato. Pode ser meu lugar de reverenciar à Deusa e aos deuses, fazer fogueira, usar o caldeirão e poder ser eu mesma.

Nada me deixa tão oprimida e infeliz do que morar em meio a um povo sem educação, cultura, preconceituoso e maledicente. Estou adoecendo à medida que o tempo passa e vivo nessa casa onde me sinto ameaçada com cochichos de crianças que vem buscar na porta de minha casa os doces de Halloween a cada final de outubro. Halloween é apenas modinha brasileira que os colégios impingiram aos inocentes. Nem eles, nem os ditos professores "cultos" sabem do que se trata e o quão importante ritual de sabath o é na religião da Deusa. A cada dia que passa menos minha paciência existe. Uma hora ela desaparece.

Confesso a vocês, meu ciclo aqui nesse suposto condomínio de gente que pensa ser novo rico está no limite. Nunca vi gente tão ignorante e sem respeito. Nunca vi crianças tão mal educadas! Não vou generalizar, são meia dúzia de marginais, mas o que basta para incomodar...

A casa onde moro é meu espaço sagrado, mas para a vizinhança inculta sagrado é Cristo pendurado na cruz, uma igreja e suas vidinhas medíocres. Depois querem balas do Halloween apenas para matar a fome. 

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Os quatro elementos no mapa natal e o facebook

Fogo, terra, ar e água compõem todo o gráfico astrológico
Começo a interpretar o mapa natal pela contagem dos elementos, fogo, terra, ar e água. A contagem desses elementos caracterizam o temperamento do indivíduo. Por causa disso, sobretudo por causa desses elementos num mapa, podemos ter atritos com as pessoas. E por mais que saiba disso (tenho excesso de água - sentimento - em meu mapa, volta e meia me estresso com algumas criaturas que com certeza não tem água em seu mapa natal! Em geral tem excesso de ar, de terra ou de fogo. O ideal é ter esses elementos em equilíbrio, nem demais nem de menos.
No fim quem sofre mais com expectativas de carinho, interação e alguma emoção por parte do outro é aquele que tem o mapa de nascimento com muita água.

Isso acontece sobretudo nas interações nas redes de relacionamento com as opções curtir, comentar e compartilhar. Esse é meu exercício diário de aferir os elementos dos contatos. E o que mais me incomoda é a falta de foco relativo à afetividade: não curtem, não comentam, nada fazem. São os fantasmas. Isso me incomoda. Tem-se expectativas demais com relação aos outros e não nos devolvem nem um cumprimento, um ok, eu vi e concordo, vi e não concordo... nada.

O pessoal que, como eu tem o elemento água preponderante, interage sempre. E a comunicação flui sem problemas.

Recentemente precisei bloquear alguns amigos exatamente por falta dessa interação. Os desaguados adoram ser curtidos com suas postagens e fotos e textos; por outro lado, não dão sinal de vida quando é você quem posta alguma coisa. Tudo bem. Mas entra ano e sai ano a criatura que se diz sua amiga posta inúmeras fotos de festas em sua casa ou outro lugar desfilando alegria com alguns amigos escolhidos e não tem a educação ou sensibilidade de convidar ao seu aniversário, por exemplo, é demais da conta. Esse mesmo "amigo" recebe uma mensagem privada e não responde é o cúmulo. Nesse caso específico tem excesso de ar.

Desde os tempos do orkut tais escorregões já aconteciam. Eu ia deixando passar. Porém tem uma hora que chega. Essa mesma pessoa diz pessoalmente:

- Amiga, vou fazer uma festa pros filhos, vou te convidar.Fico feliz aguardando o convite.

A festa acontece, você vê as fotos no facebook e seu convite foi esquecido. E situações semelhantes a essa se repetem indefinidamente. Então fico pensando que diabos de amigo é esse! 

Essa mesma criatura combinou que me levaria em tal lugar, também pessoalmente. No dia agendado ligou dizendo não poder ir, mas na próxima semana me levaria. Entrou semana, passou semana e nunca mais se falou no assunto. Isso que era por uma boa causa.

Isso é amizade, pergunto! Não da maneira que sinto. Lamentável.

No facebook tenho mais "amigos" bloqueados do que atuantes... Inclusive parentes!

Essa rede de relacionamentos deve ser desaconselhável para quem tem excesso de água no mapa astral!

Todos os carros são mágicos

Talvez nunca tenha prestado atenção, talvez sua sensibilidade não tenha aumentado a tal ponto, sua sintonia fina não esteja tão fina assim, mas a magia também habita os automóveis. Se nada percebe ou sente a culpa não é do seu carro, é sua.

Desde criança tinha uma estranha relação com carros em geral, principalmente do meu pai. Ele amava fuscas. E eu amava carros. Sempre tive um carinho e cuidado especial com cada um que tive. Tive um Puma vermelho que sempre beijava antes de deixar estacionado na rua; conversava com ele explicando que já voltava. Ali na lataria ficava a marca da minha boca com batom. Os carros tem personalidade e alma; os faróis são seus olhos, buzina e rádio fazem parte da voz, combustível é o sangue, motor é o coração, a direção é seu contato direto com o ser mecanizado e sensível, a lataria é a pele, os pneus são seus pés, quatro pés... Seu carro sofre quando "dá-lhe pau", freia bruscamente, ou seja, dirige como um louco. Numa dessas ele pode morrer, se ferir. Carros sentem dor, prazer. Cuide de seu carro e ele retribuirá com eficiência e lealdade. Um risco, um amassado ou qualquer dano me faz sofrer, e ele sofre também. Jamais me envolvi em acidente de trânsito ou ocasionei qualquer dano a terceiro; não tenho multas. Amo carros. Se pudesse teria vários.

Entretanto essa interação amorosa com automóveis, ônibus, caminhões e tudo que tem rodas não fui eu que inventei, faz parte da história do amor do ser humano pelos carros. O cinema conta essas histórias.

Esse adorável carro voador; não lembro da história, era muito criança.
O Rolls Royce Amarelo, o carro casamenteiro
Herbie inesquecível e incomparável. Assisti trocentas vezes!
Esse poderoso tem meu nome. Seu dono adolescente que o tirou do ferro velho sofria bulliyng dos colegas. Christine se vingou de cada um deles. Conto de terror de Stephen King.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

"Casas que matam, até quando!"


CASAS QUE MATAM ATÉ QUANDO?
Fonte: studioarquitetura.blogspot.com.br
Como pensar a casa como o espaço do afeto e o lugar de matar? Que lugar pode matar? Matar ou esconder os conflitos inerentes à vida em comum, esconder o afeto? Neste trabalho, buscar-se-á demonstrar uma diversidade de olhares no significado de casa, seus moradores e a arquitetura. Utilizaremos a palavra matar no sentido de morte da independência,da segurança, da convivência. A arquitetura não mata por si mesma, mas quando ela interfere nas necessidades de conforto do ser humano, ela mata aos pouquinhos sem que se perceba. Um ambiente físico não é determinante, mas pode desencadear doenças no ser humano.
Desde o tempo das cavernas, o homem utiliza espaços para se proteger do clima, das intempéries, das invasões de animais, dos inimigos. A casa (tenda, caverna, cabana) envolve o indivíduo, para lhe dar abrigo, espaço para sobrevivência sua e de sua família. Gaston Bachelar (1996, 25) descreve a casa como nosso canto do mundo, nosso primeiro universo, verdadeiro cosmos: "A casa, como o fogo, como a água, nos permitirá evocar, (...) luzes fugidias de devaneio que iluminam a síntese do imemorial com a lembrança. São lembranças de infância, de proteção – memória e imaginação: a casa protege o sonhador, permite sonhar a paz." Se Bachelar afirma que a casa é um local de intimidade, proteção e calor, de criação. Não havendo intimidade, nem conforto e habitabilidade, a casa pode matar? A casa constitui-se num símbolo situado entre o micro-cosmos do corpo humano e o cosmos, "um meio termo do qual a configuração iconográfica (...), importante no diagnóstico psicológico e psico-social", e para o "simbolismo da identidade" (Durand citado por Duarte, 2000). A importância da casa está, também, no poema "Aniversário" de Álvaro de Campos, homônimo de Fernando Pessoa:
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há
séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa como uma religião
qualquer.
(...)
O que eu sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes...
O que sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas
lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim- mesmo como um fósforo
frio...
A casa carrega em si um significado e cada parte tem um significado. Ela é metáfora do próprio dono: abrigo, território, domínio, lar. Referencial. Daí a importância das barreiras arquitetônicas, impedindo a circulação, o acesso dos estranhos, o que com freqüência pode impedir a convivência, a comunicação. Uma casa pode matar quando a sua estrela não é o relacionamento entre as pessoas, mas a televisão. Casas que matam impedem a convivência. Criar espaços para o não-diálogo é criar espaços de matar.
Quando são criados espaços para não se ver, não se encontrar, não viver em comunidade, estimulando um viver de forma isolada e egocêntrica, as relações humanas podem morrer. É o que se pode observar nas suítes para adolescentes ou quartos segregados para os idosos.
A dimensão dos espaços também é importante. Casas grandes demais podem isolar seus moradores. Cria-se casas dentro de outras casas onde o encontro é eventual. Na busca pelo conforto máximo, a individualidade se impõe. Espaços muito grandes com baixíssima densidade de indivíduos poderão gerar distanciamento e solidão. A casa mata porque é incomunicável.
A cultura influi nas necessidades de espaço, disse Okamoto (1997). Dependendo da cultura, casas pequenas podem ser promíscuas. Se o homem morar em aglomerações, onde o território é pequeno e a densidade é alta, a perda de privacidade pode fazê-lo adoecer. As relações humanas são conflituosas em espaços inadequados. A falta de privacidade e de território individual é causa de sofrimento.
Para Humberto Eco (1991,198), a casa "denota uma forma do habitar", referindo-se à sua função. Uma janela tem a função de abrir/fechar, ventilar, permitir visão para o exterior, possibilitar o acesso da luz. Uma janela que não possui função de abrir/fechar pode existir, porque o homem se apropria de seu significado. Esta janela sem função influencia no bem-estar das pessoas? Estudos comprovam que a visão para o exterior reduz o tempo de permanência dos pacientes em hospitais. E as casas que não tem janelas funcionais? Pertenceriam a um tipo de casa de matar?
Uma casa pode matar quando os corredores são longos, as escadas são muitas, a comunicação entre os ambientes é precária. Uma casa com muitos desníveis é para atletas e pessoas que tem boa visão. Percorrer longos caminhos no dia-a-dia, num período em que o tempo é precioso, gera cansaço pelo esforço repetitivo, angústia e sensação de perda de tempo na vida. Muitas vezes, o terreno obriga que se faça um projeto com vários pavimentos, porão, térreo e sótão, ideais para completar nossos ícones. Mas qualquer casa exige muitos cuidados e trabalhos que cansam. E o investimento físico futuro? Uma escada poderá ser barreira a uma pessoa doente, quando o seu objetivo é dar acessibilidade. O usuário da casa sabe o que lhe reserva a vida adiante? A casa com escadas poderá romper relações com seu próprio dono.
Quem são seus usuários? doentes? desportistas? esquecidos? excluídos? crianças? deficientes físicos? um homem só? uma mulher independente? a criança abandonada? o adolescente? o doente mental? a grávida? idosos? Em meados do ano 2000, o número de idosos no mundo superou o número de crianças e adolescentes pela primeira vez. No Brasil, isto deverá ocorrer em torno de 2050.
No Brasil, 10% da população é portadora de alguma deficiência; 70% da população tem visão residual. Com o portador de deficiência visual é pior. Ele se machuca nas lixeiras, nos orelhões, nos tapumes, nos camelôs, em casas desorganizadas.
As casas têm sido feitas para os saudáveis, muitas vezes, sem considerarmos suas atividades. As pessoas carregam pacotes, abastecem a casa. Mulheres carregam seus bebês, levam carrinhos. Sem conhecer os moradores, sem estudar seus costumes, sem conhecer o ser humano saber-se-á seus desejos, suas necessidades?
Conhecer o ser humano e suas necessidades de conforto para desempenhar suas atividades é fundamental antes de projetar.
Casas que matam não tem conforto. Nelas, o ruído penetra impedindo o descanso, a luz urbana penetra pelas janelas atrapalhando o sono, o calor ou o frio penetra demasiado porque sua orientação solar foi inadequada ou o material não tem boa inércia, não isola. Aronin (citado por Tedeschi, 1978) relata que os japoneses davam muita importância à luz solar em suas casas e consideravam que a boa orientação estava relacionada com a felicidade de seus habitantes. Além disso, a temperatura interfere. O frio traz consigo a redução das resistências às doenças, o calor baixa a pressão, deixa as pessoas indolentes, cansadas. Cuidar da orientação solar nos projetos e orientar o usuário quanto ao uso de suas aberturas pode proporcionar melhor desempenho das casas.
A casa é um espaço que existe porque existe arquitetura? Forma e matéria, dentro e fora, luz e escuridão? Ou porque existe o indivíduo e o espaço circundante, mas não existe domínio, nem território próprio? Casas que são calçadas, bancos de praças, um lugar qualquer embaixo de uma marquise ou de um viaduto? Casas ausentes.
Na pesquisa dos moradores de rua no Rio de Janeiro, feita pelas arquitetas Ana Lúcia de Santos e Cristiane Duarte (2001), foi constatado que, quando mais estruturados, os indivíduos representam a casa concretamente, através de barracos ou barricadas. Os menos estruturados, que perderam o contato com a realidade, não têm mais referencial. Ao perderem a função primária de proteção, o indivíduo desumaniza-se, perdendo também o contato com a realidade. Sua casa "ausente" é o espaço urbano. Outra casa que mata?
Na Idade Média, os primeiros hospitais, chamados de enfermarias, eram casas de pedra com paredes muito grossas, com alto pé-direito e totalmente insalubres, com minúsculas janelas, isoladas das cidades. Havia medo de morrer ao ir para lá, pois acreditava-se que o ar contaminava por causa dos miasmas... Não havia antibióticos e a vida humana chegava próximo dos 40 anos, quando chegava. Eram casas de matar, mesmo.(Costi,1997)
Na Europa do séc. XIX, com o aumento da densidade populacional nas áreas urbanas, velhos bairros se transformaram em áreas degradadas, casas velhas em áreas mais antigas viravam cortiços. Era preciso morar próximo dos centros urbanos e de locais de produção porque não havia transporte. As moradias não tinham luz nem ventilação adequadas. Relata Kenneth Frampton (2000, 14) que "as condições sanitárias eram péssimas: latrinas e lavatórios que eram externos e comuns, além de despejo de lixo contíguos.
Com um escoamento precário e uma manutenção inadequada,
tais condições levavam à acumulação de excrementos e lixo e a inundações, o que
provocava naturalmente uma alta incidência de doenças – primeiro a
tuberculose,depois, ainda mais alarmante para as autoridades, os surtos de
cólera na Inglaterra e na Europa Continental, nas décadas de 1830 e 1840.
No Brasil, em 1855, foi feito um relatório da cidade do Recife pelo engenheiro francês L.L. Vauthier (Freyre, 1979). Sob a influência de tal documento, higienistas pernambucanos passaram a criticar o sistema de edificação ainda predominante na cidade e insistem na necessidade de uma reforma baseada em "luz solar" e "ventilação". Em colaboração com arquitetos e engenheiros, trataram dos despejos dos excrementos das casas nas praias, das estrebarias de aluguel dispersas pela cidade sem esgotos para as urinas dos cavalos. Desde 1854, havia ameaça do "colera-morbus" e ele realmente invadiu a cidade. Era o tempo que a casa matava a cidade e conseqüentemente seus habitantes. Assim, velhos bairros degradaram, casas morriam e suas instalações matavam. Mas isto também se encontra na área onde se inseriu as moradias para pacientes do Hospital Psiquiátrico São Pedro. A Vila São Pedro não se encontra urbanizada, cavalos defecam pelas vias sem pavimentação, o lençol freático é superficial (quando chove, o lamaçal toma conta da rua) e o cheiro de lixo exala entre as suas casas degradadas. Na tentativa de dar cidadania aos ex-internos, dando-lhe casa, aconchego e território, a insalubridade e outros riscos passaram a fazer parte de seu dia-a-dia.
A chegada do vidro no período 1910-1925 trouxe leveza à arquitetura que rompeu o envelope rígido de contenção das atividades e projetou o olhar do usuário tanto para o exterior e quanto para o interior. Frampton (op.cit., 139) fala da visão do poeta Paul Scheerbart: "o vidro introduz à nova era", "o vidro colorido acaba com o ódio". O fato influirá na arquitetura de forma profunda. Torres de vidro, peles de vidro que têm esse caráter da modernidade são utilizadas sem escrúpulos em edifícios habitacionais, a funcionalidade das esquadrias enquanto protetora da radiação solar passou a ser desconsiderada, a imagem e a visão passaram a ser mais importantes que a privacidade. Sol e vidro formaram estufas que exigiram o ar-condicionado durante todo o século XX. Só na sua última década, passou-se a reconhecer que o ar interno se encontrava mais contaminado que o externo devido à falta de manutenção e cuidados dos equipamentos. No Brasil, tal problema só se tornou público após à morte de um Ministro de Estado, vitimado pela contaminação aérea. Antes disso, diversos estudos já estavam sendo feitos comprovando que os materiais utilizados nos interiores tais como certos tipos de cola, fenóis e revestimentos, causavam enxaquecas, rinites, fadiga entre outras doenças. (Siqueira,1996) Casas que matam.
A casa é o resultado da sociedade ou do arquiteto que é o seu reflexo? As casas de Mies Van der Rohe, planta livre, vidro e aço, nos remetem ao seu gênio criador e marco na história da arquitetura. Sua intenção foi revolucionária e a concretizou. Mas os primeiros donos de dois de seus pavilhões tiveram que se mudar porque seu território, conforto e privacidade foram destruídos devido ao trânsito da rodovia próxima. Apesar da integração homem-natureza através da visibilidade dos panos de vidro, a Casa Farnsworh (1945-50) impedia que as aves reconhecessem o limite entre o exterior e o interior: elas se batiam no espelhamento que o vidro criava e se machucavam. (Smithson, 2001). O automóvel matando a casa... E a casa agredindo o homem e a vida animal no entorno.
Qualidade de vida implica em qualidade ambiental também. Não basta uma casa bela se ela não oferece conforto: acústica, iluminação, temperatura, ventilação. Não adianta um bom atendimento médico, se a casa está sobre um valão de esgoto. De que adianta ter o que comer, se quando chove há desproteção? Um local de morar pode ser causador de doenças, pode matar. Por isso se discute tanto a necessidade de infraestrutura. Técnicos da áreas de saúde e o próprio Presidente da República, afirmam veementemente, que se gasta muito mais com remédios do que com prevenção. Prevenção é investir em esgoto, água potável, energia. Habitação com dignidade.Le Corbusier (Ver une architecture in Frampton, op.cit.) escreveu:
Se eliminarmos de nossos corações todos os conceitos mortos a propósito das
casas e examinarmos a questão a partir de um ponto de vista crítico e objetivo,
chegaremos à "Máquina de Morar", a casa de produção em série, saudável (também
moralmente) e bela como são as ferramentas e os instrumentos de trabalho que
acompanham nossa existência.
Mas para Freyre (1979), a casa é mais que máquina de morar, é local de convivência, todo um ethos, onde decorrem experiências habituais, influências culturais de heranças familiares e o meio, em várias datas e em vários espaços.Lugar complexo a partir de onde a existência se configura e expande. A casa em série proposta por Le Corbusier não se desenvolveu adequadamente para todos. Talvez porque os conceitos estão mais arraigados do que ele pensava e a capacidade crítica e objetiva passou a se tornar o alvo dos especuladores. Muitos edifícios já nasceram mortos pelo descaso de seus construtores e pela falta de cultura para o uso de equipamentos até então desconhecidos. Vasos sanitários foram arrancados e muitos viraram vasos de flores em condomínios habitacionais de baixa renda na década de 60. O que se constata é que a sociedade, apesar da tecnologia que tem, não tem considerado as necessidades de seus usuários e a sua cultura, seu grupo social.
A churrasqueira tão importante para os eventos sociais entre grupos e familiares, passou a ser para póucas pessoas. Hoje, elas estão na maioria dos novos apartamentos, mas os usuários perguntam: "E o espaço para os amigos?"
Muitos governos tentaram resolver o problema habitacional no Brasil, mas a violência urbana, decorrente do crescente empobrecimento da população, assume caráter nacional a partir da expansão incontrolável dos assentamentos metropolitanos, cujos governos não contam com recursos para atender ao mínimo de infra- estrutura. (FINEP, 1985) Os terrenos distantes inviabilizam a qualidade da casa, porque uma casa não é só metáfora: ela é também o seu entorno: a escola, a farmácia, o posto de saúde, o esgoto, a água potável, o abastecimento, o transporte para o trabalho. Conjuntos habitacionais da década de 60 e 70, no século XX, demonstram a distância dos recursos e a falta de identidade, que é o que vai ser estudado por muitos pesquisadores que verificam que os usuários, na sua busca de identidade ou por falta de cultura, vão alterando a casa, mudando aqui ou acolá, juntando lixo, marcando seu território.
Ainda são produzidas casas que distanciam física e mentalmente os indivíduos. A vida útil de uma casa deve ser, no mínimo a de seu dono. Ninguém faz uma casa própria pensando que no ano seguintevai trocar de casa como quem troca de roupa a cada estação. Mesmo que a casa seja para toda a sua vida, ao sonhar com ela e a projetar através de um arquiteto, o homem omite sua velhice como se a juventude fosse permanente como a mídia propaga.
Atualmente, a casa é uma prisão. Seus usuários a fecham a sete chaves. São alarmes, câmeras, guardas, guaritas, grades, cercas elétricas. Este "esconderijo" para si mesmo e de si mesmo não é saudável. Cada vez mais o indivíduo, de medo, se fecha, prendendo-se, mata um pedaço de sua liberdade. Destrói parte de si que precisa se expressar e sentir o exterior para viver. A arquitetura vem convivendo com os problemas sócio-econômicos mas ainda não encontrou uma solução para impedir que o homem seja prisioneiro de sua própria casa.
Uma casa que segrega, que limita, que controla, que retira a individualidade pode conter a agressão? A agressividade que se encontra contida em penitenciárias, hospícios, favelas, é tanto assustadora quanto deprimente. Associar a agressividade, a miséria, a doença mental e a velhice a um tipo de edificação? Poder-se-ia descrever muitos problemas sociais e descortinar atrás deles, um tipo de arquitetura, um caráter. Tentativas de agregação e sociabilidade em tais conjuntos vêm ocorrendo, historicamente, mas a morte social, mental ou física é real. Mesmo que parte da sociedade venha tentando mudanças para reintegrar o homem, ainda estamos muito longe de soluções definitivas.
A agressão ao planeta é ato desumano e passa pela arquitetura. É o que a televisão mostrou em 11 de setembro de 2001. A arquitetura: objeto, símbolo, destruição. Tal tipo de arquitetura também pode destruir o meio ambiente. As torres de vidro estão modificando microclimas: ambientes que parecem ter conforto porque são climatizados, podem estar destruindo um ecossistema. O uso inadequado de materiais pode provocar alterações microclimáticas. Em São Paulo, existem ilhas de calor com diferenças térmicas de 15 graus Celsius, devido à inexistente vegetação urbana, ao ar-condicionado que joga para a área urbana o calor solar absorvido pelo envelope dos edifícios.
Uma casa que pode matar é aquela onde existe risco de vida aos seus usuários e de seus vizinhos. Em áreas urbanas, mantas aluminizadas vêm sendo colocadas em telhados sem critério, nem o município regulamenta nem exerce controle. Como espelhos, dependendo da inclinação dos telhados, jogam calor para as superfícies do entorno, impedindo que as pessoas abram suas janelas, podendo prejudicar a visão e alterando flora e fauna. Mata-se a casa do vizinho em benefício próprio. Havendo risco para os seus usuários, suas prováveis causas são: deficiência no projeto, má construção, mau uso dos espaços concebidos e ausência ou manutenção precária (Ornstein,1992).
Acidentes ou o envelhecimento do ser humano não devem obrigam as pessoas a trocarem de casa. Os desníveis que podem deixar os espaços bonitos, podem inviabilizar um futuro uso. O arquiteto tem a responsabilidade ao projetar, de possibilitar uma reformulação do espaço no futuro. Na Holanda, não se projeta mais sanitários com portas de 60 cm de largura, pois as adaptações se tornam muito caras e dependendo do projeto, são inviáveis. Nos países desenvolvidos, existe a procura de um desenho universal, enquanto no Brasil ainda estamos preocupados com rampas, corrimões, pisos irregulares e nem conseguimos fazer cumprir a NBR 9050, de 1985 que trata da Adequação das edificações e do mobiliário urbano à pessoa portadora de necessidades especiais. Qualquer casa deveria ser universal e protetora do ser humano. Portas que abram para fora dos ambientes tais como sanitários e quartos, larguras das portas que permitam passagem de cadeiras de rodas, níveis diferenciados com barreiras de proteção, móveis ergonométricos adaptados às individualidades de cada um, corrimãos, peitoris, alarmes, campainhas, interruptores mais baixos, materiais fáceis de manter e de movimentar, que permitam adaptações simples e baratas. Colocar rampa para acesso de carrinho com compras é uma solução singela e adequada. Mas o que encontramos são degraus muito altos que exigem um esforço para serem vencidos, vagas de estacionamento estreitas, zonas de embarque distante dos acessos, desníveis inadequados, falta de proteção pluvial, falta de sinalização táctil ou sonora, rampas com declividade acima do permitido ou a ausência de rampas. A casa que mata é inflexível, pois não acompanha as modificações pelas quais passarão os seus usuários.
O arquiteto Adolf Loos, filho de um pedreiro, nascido em 1870, escreveu A história de um pobre homem rico. Certa vez o cliente, comemorava seu aniversário. Havia ganhado presentes da mulher e dos filhos. Ele apreciou tudo e estava desfrutando ao máximo.
Logo, porém, chegou o arquiteto para pôr as coisas em seu lugar e tomar
todas as decisões sobre os problemas mais difíceis." O proprietário recebeu-o
com grande prazer, quando ele entrou na sala, pois tinha a cabeça cheia de
idéias, mas o arquiteto nem pareceu tomar conhecimento de sua alegria. Tinha
descoberto algo muito diferente e ficou lívido. "Que chinelos são esses que você
está usando?", perguntou, como se a dúvida o enchesse de dor. O dono da casa
olhou para seus chinelos bordados, mas em seguida respirou aliviado. Desta vez,
sentiu-se sem culpa alguma. Os chinelos haviam sido confeccionados segundo a
concepção original do arquiteto. Ele então respondeu, assumindo ares superiores:
"Ora, senhor Arquiteto! Já se esqueceu de que foi o senhor mesmo quem os
desenhou?" "Claro que não me esqueci", trovejou o arquiteto, "só que foram
feitos para serem usados no quarto! Aqui, não dá para perceber que essas duas
manchas impossíveis de cor acabam completamente com a harmonia da sala?"
(Frampton, op.cit., 103)
A responsabilidade do arquiteto tem sido cada vez maior: abrigar pessoas que perderam parte de suas capacidades motoras e dar-lhes vida digna em suas casas e na cidade será sempre um desafio. A casa deverá prolongar a vida porque será feita para impedir acidentes, possibilitará independência e os equipamentos serão facilitadores de trânsito, haverá apoios nas atividades, barras, luzes para iluminar os caminhos, espaços estimuladores de convivência social, locais seguros, acessibilidade.
Woods, em 1968, na Trienal de Milão afirmou: "nossas armas estão cada vez mais sofisticadas e nossas casas brutalizam-se cada vez mais. Será este o balancete da mais rica civilização desde o início dos tempos?" As casas precisam de equilíbrio, assim compreendido por Lisistzky (1923): "O equilíbrio que procuro obter nesse espaço deve ser elementar e capaz de mudar para que não possa ser perturbado por um telefone ou uma peça de mobiliário padrão. O espaço está ali para o ser humano- e não o ser humano para o espaço." (Frampton, op.cit., 159). Este tema foi retomado por De Carlo que criticou ao revisar as conseqüências da declaração de CIAM, (Congresso Internacional de Arquitetura Moderna,1928):
(...)temos o direito de perguntar"por que"a moradia deve ser o mais barata
possível, e não por exemplo, relativamente cara, "por que", em vez de fazer todo
esforço possível para reduzi-la a níveis mínimos de superfície, de espessura, de
materiais, não deveríamos torná-la espaçosa, protegida, isolada, confortável,
bem equipada, rica em oportunidades de privacidade, comunicação, intercâmbio,
criatividade pessoal. Ninguém, na verdade, pode dar-se por satisfeito (...)
quando todos sabemos o quanto se gasta nas guerras, na construção de mísseis e
de sistemas antibalísticos, nos projetos de exploração à Lua, (...) na persuasão
secreta, na invenção de necessidades artificiais, etc."
O arquiteto tem que conhecer a sociedade onde vive, os diferentes grupos sociais, as necessidades psicológicas, sócio-econômicas e culturais, com um olhar realista e empático. O regionalismo crítico (década de 60) propõe uma arquitetura que busca sua identidade cultural, dando ênfase aos valores específicos do lugar: topografia, luz que incidirá e seu valor tectônico, respondendo de forma articulada às condições climáticas, opondo-se à tendência da "civilização universal" de privilegiar o ar-condicionado em detrimento da arquitetura bioclimática, tratando as aberturas como zonas de transição com capacidade de reagir às condições específicas do lugar, pelo clima e pela luz. Ele refere-se à percepção do ambiente, não só relativo à visual, mas de forma holística pois o ser humano é sensível às variações de iluminação, de calor e frio, umidade e deslocamento de ar, bem como à diversidade de aromas e sons produzidos por materiais de diferentes volumes, acabamentos de pisos que exigem mudanças no modo de andar. Afirma que é necessário opor-se à "tendência, numa época dominada pelos meios de comunicação, de substituir a experiência pela informação." (Frampton, op. cit.)
Tais metas influenciam projetos, mas não informam sobre as necessidades do ser humano. Uma casa que pode ser adequada a um indivíduo, poderá não ser adequada para outro. Portanto, há que ouvir os usuários, entender suas necessidades e projetar para eles. Ninguém deseja uma casa que mata. Mas ao construí-la, esquece-se que a velhice é um fato concreto e o futuro de todos, esperado pelo menos. É preciso que haja a possibilidade de a usufruir sem o sofrimento da dependência. Autonomia é vida. Para que se possa afirmar, como no folclore português: "A minha casa/A minha casinha/ Não há casa/ Como a minha", a casa futura, um grande desafio, deverá ser mais "da vida", a que permitirá e estimulará o homem em qualquer momento ou idade, deverá ter conforto e acessibilidade, estimulará o convívio social, a solidariedade e a comunicação entre seus moradores.
Texto de autoria de Marlice
Costa extraido da coluna do
IAB-RS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bachelard, Gaston (1993). A poética do espaço. São Paulo: Martins Fontes.
Costi, Marilice (1997). A sala de morrer e a máquina de curar - a enfermaria gótica e o hospital renascentista. Monografia. Porto Alegre: Faculdade de Arquitetura . Programa de Pós-Graduação em Arquitetura. UFRGS.
Eco, Umberto (1991). A estrutura ausente. São Paulo: Perspectiva. 7e.
FINEP – GAP (1983). Habitação popular: inventário da ação governamental. Rio de Janeiro.
Freyre, Gilberto (1979). Oh de casa! Rio de Janeiro: Artenova.
Frampton, Kenneth (1997). História crítica da arquitetura moderna. São Paulo: Martins Fontes.
Okamoto, Jun (1996). Percepção ambiental e comportamento. São Paulo: IPSIS.
Ornstein, Sheila; Roméro, Marcelo (1992). Avaliação pós-ocupação do ambiente construído. São Paulo: Studio Nobel, EDUSP.
Siqueira, Luiz Fernando (1996). Arquitetura e bem-estar dos pacientes. Em:CONGRESSO DE Oftalmologia, 1º Congresso Internacional de Catarata e Cirurgia Refrativa, 27 a 30 abr.TV MED vídeo, São Paulo. Fita de vídeo. n. 00291/64.
Smithson, Alison y Peter (2001). Cambiando el arte de habitar. Barcelona: Gustavo Gilli.
Duarte, Cristiane Rose; Santos:Ana Lúcia Vieira dos.(2000) Usos, percepção e transformações no espaço urbano por populações de rua: um estudo de caso no Rio de Janeiro. Em: SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE PSICOLOGIA E PROJETO DO AMBIENTE CONSTRUÍDO. Rio de Janeiro. Anais. UFRJ. Cd rom.
Tedeschi, Enrico (1978). Teoría de la arquitectura. Buenos Aires: Nueva Visión.

Casas promíscuas na zona sul

Se está querendo comprar uma casa nos novos bairros da zona sul - que deveria ser tudo de bom - não se iluda, as casas geminadas ou grudadas devido à ganância dos construtores, tornaram-se casas promíscuas. Pode mandar rezar uma missa, não adianta, seu vizinho vai fazer algum barulho, nem que seja caminhando ou subindo escadas de ferro, espirrando, ouvindo alguma música a qual não coincide com seu gosto musical. Vai saber a hora que está saindo com seu carro, a hora que a máquina de lavar funciona, o cão que ladra ou é maltratado, uma criança que berra, as visitas que chegam e por aí vai, na promiscuidade e total falta de privacidade.

Inventar outro adesivo pra botar no carro: Zona sul, ser pobre é foda!

Parabéns senhores investidores imobiliários da zona sul com sua invenção da máquina de morar e enlouquecer gente.  

"Boom" imobiliário da zona sul: máquinas de morar

Refiro-me à zona sul de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. Porto Alegre e seus bairros tradicionais e mais próximos ao Centro Histórico, onde parece que não há mais espaço para moradores. A opção encontrada recentemente foi expandir o município para o sul. Quando criança era onde se chegava nas praias do rio (ou estuário, ou lago) Guaíba para banhos e piquenique com minha família. Ou mesmo passeios com pais, tios e primos no bairro Belém Novo com o tradicional café e lanche em restaurante na beira do rio. Muitas famílias tinham casa de veraneio e fins de semana nesse bairro.

De uns dez anos pra cá, construtores e investidores tiveram a próspera ideia de construir condomínios. Bingo, enriqueceram rapidamente. Já que o povo pôde finalmente comprar uma casa nova com preços acessíveis. As casas à venda próximas do centro são antigas e muito mais caras. Lindas e antigas, mas caras. E obviamente sempre necessitam reforma.

E o "boom" da zona sul explodiu comigo aqui dentro de um residencial que cresceu em proporção estratosférica. "A Zona Sul é tudo de bom", adesivo que desfila nas traseiras dos carros dos moradores apaixonados pelo "novo bairro". 

Eu diria de outra maneira: "A Disneylândia do Cimento é uma Merda"!  Refiro às milhares de casas de alvenaria dos novos condomínios abertos e fechados, tudo na base do tijolo, ferro, areia e cimento, muuuito cimento! Festival do cimento e do impacto ambiental que a região com mata nativa, banhados e restinga sofreram. Na maioria das vezes, senão sempre, os restos e entulhos das obras iam parar nos lotes vizinhos e vazios, virando berçário para esconderijo de cobras, aranhas, escorpiões e ratos. As corujas buraqueiras antigas moradoras do meu condomínio foram expulsas, taparam seus buracos!

VIVENDAS DO ROUBA SOL

Eis uma nova sugestão para troca de nome do meu residencial. Aqui também é proibido construir casa de madeira. Na tentativa de aproveitar o máximo da metragem de cada terreno, constroem-se verdadeiras torres residenciais com três pisos e mais um sótão ao lado de casas térreas ou nos fundos. Sou uma vítima agora da ausência do sol no pátio dos fundos e do sol da manhã que podia ver nascer no verão em frente a minha casa. Também podia apreciar o nascer da lua cheia. Agora nada mais.

Disneylândia do cimento constrói máquinas de morar, não casas...

Qual seu estilo de morar

O meu estilo eu sei, casa de madeira! Madeira-de-lei, naturalmente. É uma casa saudável, não retém cheiros, nem umidade, nem traças penduradas na parede nem rastejando pelo chão. Não mofa! Na cozinha não precisa coifa, não fica cheiro de comida ou fritura. Casa de madeira é acolhedora, quente, simpática e sua durabilidade é alta. Pelo feng shui é uma casa associada ao elemento terra; casa de madeira tem vida! Para equilibrar, segundo o feng shui, apenas colocar elementos, móveis ou decoração em metal, vidro. 

Tenho apenas uma curiosidade com relação ao financiamento bancário para construção de casa de madeira ou mista: no Brasil nenhum banco financia! Por quê! Preconceito, certamente.

A casa dos meus sonhos é esta!
Wunderhaus: loja em Gramado e Campo Bom, no Rio Grande do Sul




A casa fria
É a casa mais comum, a maioria em alvenaria, puro cimento. A casa fria e contemporânea os bancos financiam sem problema nenhum. Os bancos adoram casas sem vida, um gelo do piso enjoado de porcelanato ao forro de cimento armado. Uma casa sem aconchego, absolutamente desprovida de sensação. Pergunto se os moradores dessas casas inertes também não seriam pessoas sem sentimento...

As casas frias tem excesso do elemento água, segundo o feng shui, devendo equilibrar com madeira em móveis e objetos de decoração. A casa estilo frio contemporâneo se dão ao "luxo" de nem usar aberturas em madeira, usam pvc! Coisa horrível! Algumas mais modestas usam forro de plástico!

Esses monstrengos gelados os bancos financiam! E em todos os condomínios podem e devem ser construídas como se fossem algo "normal". Mais uma excentricidade à brasileira, enquanto que no resto do planeta não há distinção.