quinta-feira, 14 de agosto de 2014

À procura de meu espaço sagrado

Ainda não conheço esse lugar, bem longe de Porto Alegre, numa estrada em meio ao mato. Pode ser meu lugar de reverenciar à Deusa e aos deuses, fazer fogueira, usar o caldeirão e poder ser eu mesma.

Nada me deixa tão oprimida e infeliz do que morar em meio a um povo sem educação, cultura, preconceituoso e maledicente. Estou adoecendo à medida que o tempo passa e vivo nessa casa onde me sinto ameaçada com cochichos de crianças que vem buscar na porta de minha casa os doces de Halloween a cada final de outubro. Halloween é apenas modinha brasileira que os colégios impingiram aos inocentes. Nem eles, nem os ditos professores "cultos" sabem do que se trata e o quão importante ritual de sabath o é na religião da Deusa. A cada dia que passa menos minha paciência existe. Uma hora ela desaparece.

Confesso a vocês, meu ciclo aqui nesse suposto condomínio de gente que pensa ser novo rico está no limite. Nunca vi gente tão ignorante e sem respeito. Nunca vi crianças tão mal educadas! Não vou generalizar, são meia dúzia de marginais, mas o que basta para incomodar...

A casa onde moro é meu espaço sagrado, mas para a vizinhança inculta sagrado é Cristo pendurado na cruz, uma igreja e suas vidinhas medíocres. Depois querem balas do Halloween apenas para matar a fome. 

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