quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Todos os carros são mágicos

Talvez nunca tenha prestado atenção, talvez sua sensibilidade não tenha aumentado a tal ponto, sua sintonia fina não esteja tão fina assim, mas a magia também habita os automóveis. Se nada percebe ou sente a culpa não é do seu carro, é sua.

Desde criança tinha uma estranha relação com carros em geral, principalmente do meu pai. Ele amava fuscas. E eu amava carros. Sempre tive um carinho e cuidado especial com cada um que tive. Tive um Puma vermelho que sempre beijava antes de deixar estacionado na rua; conversava com ele explicando que já voltava. Ali na lataria ficava a marca da minha boca com batom. Os carros tem personalidade e alma; os faróis são seus olhos, buzina e rádio fazem parte da voz, combustível é o sangue, motor é o coração, a direção é seu contato direto com o ser mecanizado e sensível, a lataria é a pele, os pneus são seus pés, quatro pés... Seu carro sofre quando "dá-lhe pau", freia bruscamente, ou seja, dirige como um louco. Numa dessas ele pode morrer, se ferir. Carros sentem dor, prazer. Cuide de seu carro e ele retribuirá com eficiência e lealdade. Um risco, um amassado ou qualquer dano me faz sofrer, e ele sofre também. Jamais me envolvi em acidente de trânsito ou ocasionei qualquer dano a terceiro; não tenho multas. Amo carros. Se pudesse teria vários.

Entretanto essa interação amorosa com automóveis, ônibus, caminhões e tudo que tem rodas não fui eu que inventei, faz parte da história do amor do ser humano pelos carros. O cinema conta essas histórias.

Esse adorável carro voador; não lembro da história, era muito criança.
O Rolls Royce Amarelo, o carro casamenteiro
Herbie inesquecível e incomparável. Assisti trocentas vezes!
Esse poderoso tem meu nome. Seu dono adolescente que o tirou do ferro velho sofria bulliyng dos colegas. Christine se vingou de cada um deles. Conto de terror de Stephen King.

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