Há 300 anos sonhei que assistia um sermão de Jesus no alto de uma colina. Eu era uma mulher vestida com aquelas roupas daquele tempo, mantos e cabeça coberta. Jesus falava. Só que eu me via do ponto de vista do próprio Jesus. Ele via, num plano mais baixo aquela mulher que vertia lágrimas de sangue. Será que era eu ou eu era Jesus?
Minha vida toda, com raros momentos de prazer e encantamento, sempre, de uma forma ou de outra, chorei lágrimas de sangue. A estas alturas talvez devesse fazer algum tipo de transfusão para repor meu sangue tipo A positivo perdido.
Se eu sobreviver a este momento saturnino de minha vida, transformarei o bolo de chocolate da Lilith em um macio e fofo bolo feito com meu sangue. Talvez assim, ela me puxe do fundo do poço.
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