quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Oxum, o primeiro orixá errado no meu eledá

Quando entrei na religião afro, aqui no Sul chamada de Nação, me entregaram a bela mãe Oxum.


Hoje dia 8 de dezembro é o dia consagrado a Nossa Senhora da Conceição, Oxum Docô, a mais velha. E sempre que passa este dia, recolho-me a minha dor interior de ter sido consagrada a esta energia, que pouco ou nada tem a ver comigo.


Fiz um bori (batismo) com quatro pés. Logo após me senti muito mal. Dias depois, menstruei no "chão", quando fui mandada embora.


Em minha cabeça, não podia conceber ser filha de um orixá que nunca me amparou nas perdas gestacionais que passei. Isso não fazia sentido. E assim começou minha busca, jogando búzios em todo o estado do Rio Grande do Sul  para conhecer o meu verdadeiro orixá. Anos depois, apresentou-se, acolhendo-me com rosas vermelhas e espada na mão: Iansã.


Vale salientar, que após o bori, já em casa, fiquei muito deprimida, auto-estima em baixa e surda de um ouvido. Muitas perdas e grande reviravolta na minha vida.


Apesar de tudo, saúdo a Oxum Docô em seu dia, pedindo proteção e misericórdia. 

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