Faltou-nos experiência e informações. Meu novo namorado (ex-casado) queria comprar um presente especial para seu filho mais velho, um super Nintendo, seguramente mais barato no Paraguai.
Diferentemente da foto ao lado, encontramos meia dúzia de banquinhas com tênis, todas as lojas grandes fechadas, um calor dos infernos. Chegamos à cidade no dia 24 de dezembro, feriado nacional, depois de uma viagem direto de Porto Alegre, sem dormir. Deixamos a capital do Rio Grande às 20h e chegamos em Foz às 4 da manhã, podres de cansados e dormindo em pé.
Em meio a ruas vazias da madrugada, achamos um hotel barato, onde um menino nos atendeu, sem vontade e com sono. Preencheu dois livros com dificuldade, talvez fosse semi-analfabeto. Devagarinho, desenhando as letras com lápis, ora molhando a borracha com a língua, fez e refez nossa ficha: de onde viemos e para onde vamos, como é praxe em todos os hotéis. Após quase uma hora de tortura alfabética, pediu-nos para subir e mostrar o quarto. Abriu a porta devagar. Espiou para ver se estava ocupado. Fez sinal para entrarmos. Um janelão envidraçado, sem cortinas e um ventilador de teto. Desabamos.
No final da manhã encontramos farelos de pão sobre a mesa do café da manhã.
- Vocês acordaram muito tarde, não tem mais café!
Resolvemos sair à rua para fazer um lanche. Ao lado do hotel, havia uma lancheria que estava fechada, feriado de Natal! Nome da lancheria: Saturno. Ri muito.
Então, por favor, não vá fazer compras no Paraguai no feriado de Natal, nem mesmo na véspera. Tá tudo fechado. O outro feriado importante no Paraguai é em fevereiro, o dia de uma santa.
Voltamos para casa sem presente nenhum.
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