domingo, 2 de setembro de 2012

No colo de Baphomet

Agora estamos juntos de verdade
Acendi um incenso antes de começar a escrever sobre o estudo da astrologia e magia: meus temas preferidos, entre outros do oculto. 
Quando se começa a estudar astrologia e aprender a interpretar seu próprio mapa natal, automaticamente vamos pesquisar os deuses (planetas) na senda da mitologia greco-romana. A mitologia enriquece ainda mais o saber astrológico. São complementares.

Então deve estar se perguntando o que tem isso a ver com o Bode de Mendes? Calma, logo saberá.

Não sem antes dar uma passadinha pelos deuses da tradição afro, os orixás.

Minha iniciação na religião de Nação  também enriqueceu meu conhecimento e estudo da astrologia, ambos entraram em minha vida com diferença de alguns anos. Dois ou três. Pesquisando por livre e espontânea vontade calculei mapas natais de muitos irmãos de santo e também pais e mães de santo. Em todos os mapas havia um predomínio natural do signo de Peixes, Netuno angular ou em conjunção do sol e lua e, pasmem, aqueles dedicados aos exus, predominava Sagitário e/ou Júpiter! Falando nisso, declaro que os donos dos eledás das pessoas, ou orixás da cabeça também podemos ver no mapa astral. Basta saber o arquétipo dos planetas, signos e ascendente. Quanto mais complexo e desafiador o mapa da pessoa, com signos interceptados e  planetas retrógrados (meu caso), mais difícil descobrir o orixá ou anjo da guarda. Assim aconteceu comigo.

Enquanto tentava decifrar meu enigma pessoal através da leitura profunda de meu mapa natal, trilhava naturalmente o caminho do autoconhecimento, principal objetivo da astrologia. E, aos poucos, fui entendendo a oposição que meu Júpiter retrógrado no Meio do céu faz ao Mercúrio em Escorpião na escuridão da casa quatro, minhas raízes. Fiquei obcecada nesta situação da minha vida, um caso de vida ou morte. Eu estava prestes a juntar os pedaços para formar o quebra-cabeça. Até porque se tratava da minha vida e da minha identidade: Júpiter em Touro no MC rege minha casa cinco! O MC tem a ver com nossa missão de vida, nosso caminho no mundo, a vocação. E como queremos que o mundo nos reconheça.

Num primeiro olhar de um astrólogo, a tendência é sair correndo e dizer: você é advogada! Muitos me disseram isso! Um impropério!

E segui minha intuição e o que aprendi na religião africana: morei com os exus. Há textos aqui que contam a experiência. Não foi fácil. Às vezes, encantadora e mágica e outras vezes desastrosa. Enquanto vivia essa oposição entre Júpiter no MC e meu Mercúrio investigador oculto em Escorpião, pude ter mais conhecimento do mundo da magia. Mais ou menos em maio e abril deste ano, Júpiter por trânsito em Touro voltou à posição natal e um clic sonoro lampejou na minha cabeça. Baphomet de Mendes - que não é um exu - precisa estar comigo de novo. Já estive com ele em outras vidas! Preciso resgatar isso de novo nesta vida atual para que encontre a conciliação entre Júpiter em Touro e Mercúrio em Escorpião. E minha vida deu uma guinada de 180 graus, com chuva de oportunidades de todos os lados, mudança de planos e perspectiva. Agora ele me proporciona o saber mágico, intuitivo nas 24 horas do dia. E se não me alcança um presente, usa outras pessoas com as quais tenho algum vínculo afetivo para resolver algo que me aflige. Isso é surpreendente. Os sonhos, em geral, é sua via de acesso a mim e aos outros.

Por isso digo que estou não mais ao lado dele, mas, literalmente, sentada em seu colo usufruindo de forma plena sua proteção. Agora nós podemos conversar. Rompi a oposição!  

2 comentários:

  1. Belo comentário!
    Assim como lá em cima é aqui em baixo, claro que não podemos sacar o orisa através do mapa astral, mas podemos vislumbrar a influência dos deuses em nossa vida, deuses esses análogos aos irunmolés. Pena que poucas pessoas te a capacidade de olhar o universo como um todo ao invés de dissecar o mesmo de maneira abrupta e limitada.
    Estar no colo do nosso cabritinho (a) é se sentir aconchegado, amparado, compreendido, aceito e acima de tudo em harmonia com o todo.
    Pena que poucas pessoas tem a coragem de ir além das coisas que foram impostas e imputadas em suas cabeças e se libertar para a plenitude.

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  2. Perfeito, obrigada pelo comentário. Estamos só começando...

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