terça-feira, 3 de maio de 2011

A Maldição

Maldições parecem ser coisa dos tempos medievais, coisa de bruxas antigas da Idade Média, contos de fadas e feiticeiras; ou mesmo a maldição de Tuthankamon, o faraó menino que deixou aviso na entrada de seu túmulo, dizendo que quem ali entrasse estaria amaldiçoado. Não nessas palavras, mas algo parecido. E todos que ali estiveram, morreram de causas desconhecidas, subitamente e não naturais. Menos o arqueólogo Howard Carter. Dizem que ele estava protegido pelo anel atlante. Sugiro pesquisa desse tema fascinante, tanto do anel atlante como a história dessa descoberta. Depois de minha peregrinação para descobrir por meios não convenconais por que razão perdi meus filhos dentro do útero - já que a medicina me virou do avesso e nada descobriu - fui parar na frente de um pai de santo, filho de Xapanã, que do outro lado da mesa dos búzios me disse:

- É praga.

Altamente recomendado por uma amiga, fiquei olhando pra ele sem entender. Pode uma praga ter esta força? Depois, com o tempo, analisando trânsitos planetários da época do primeiro aborto, reconheci que a resposta do pai de santo sobre meu problema tinha algum sentido. Sim, eu poderia ter sido amaldiçoada!

Estava com 26 anos. Fiquei grávida. Sem ter planejamento nenhum. Por acaso. Estava engordando e minhas roupas não cabiam em mim. Por ser mais barato, recomendaram uma costureira que recém tinha se mudado para perto da minha casa. Lá fui eu com a barriga crescendo, toda entusiasmada. Contato inicial sem problemas. Era uma mulher jovem, bonita e tinha olhos verdes. Tirei medidas. Comprei vários tecidos para batas e vestido. Quando chegou a hora de provar, ela me ligou dizendo para ir a sua casa. Bati na porta. Nada. Bati, bati, bati. Espiei pelo portão da garagem e lá estava ela, sentada nos fundos com outras pessoas. Bati na porta de ferro da garagem. Ela me olhou e continuou onde estava. Fui embora.

No dia seguinte fui lá de novo. Não me recebeu. Só abriu a porta e, muito zangada, me mandou embora. Eu, enfurecida, pedi meus tecidos de volta! A costureira jogou-os porta afora, tudo rasgado! Juntei tudo do chão e fui embora sem entender nada de nada. Por que a costureira agiu dessa maneira? Era louca? Era sensitiva e sentiu alguma coisa de minha energia que não lhe agradou?

Não sei, só sei que após alguns meses, perdi o primeiro nenê, e depois mais três! Nunca consegui ter filhos.

Viamão

Por insistência de uma amiga, lá fui eu me embrenhar por trilhas e matos à procura de grande cartomante, em Viamão, região metropolitana de Porto Alegre. Ela queria saber com qual namorado deveria ficar, tinha dois e não sabia se decidir. Eu, naturalmente, queria saber a mesma coisa de sempre.

Havia muita gente. Ficamos esperando atendimento umas três horas. Minha amiga foi à consulta primeiro. Quando chegou minha vez, entrei no local (separado da casa) em que a mulher atendia. Ela levantou a cabeça para me olhar e disparou:

- Vá embora! Saia daqui!!!!!!!!!!!!!!!!!!! - aos gritos.

Parecia que tinha visto o demônio pessoalmente.

Sem entender, saí rapidamente da casinha. De novo sem entender nada! E não entendo até hoje!

Teria eu a meu lado algo poderoso que assusta as pessoas? Meu anjo da guarda na verdade é um demônio da guarda?

3 comentários:

  1. Muito poder... Poder assusta. Plutão na casa 1 e ainda conjunto Lilith. Plutão no ASC exala poder por todos os poros. Beijos!Di

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Di, querida, sempre me dando um alento, obrigada. Creio que a cartomante que me mandou embora tava com medo de mim, ou viu uma presença do meu lado. Só sei que fiquei muito frustrada, esperei pra ser atendida mais de 4h... enfim!
      Numa outra ocasião fui ver a sorte com um iniciado na religião afro. Ele me disse: "Não sei o que tu tá fazendo aqui, pode ler as cartas tão bem quanto eu!" Tempos depois comprei um baralho cigano... rsrsrsrs

      Excluir
  2. Olha eu vou te dizer uma coisa:
    Quem não tem competência que não se estabeleça, ou mande para quem está acima, eu um grau mais elevado de recurso.
    Sacerdotes, cartomantes, pessoas que tem missão espiritual de atender e assistir outras pessoas com problemas não podem ter medo de tal ofício (ou karma que seja), pelo menos tem de ter a dignidade de encaminhar para outra pessoa que seja capaz de resolver aquilo que não está a seu alcance.
    Por outro lado, dentro da Kabala temos 4 anjos e 4 anjos negativos (que é o que tu te referes a demônio da guarda), por outro lado qualquer entidade que nos oriente é demônio no sentido literal da palavra grega daimon (Sócrates tinha o seu).
    Beijão e não te encaraminhola mais com gente imcompetente.

    ResponderExcluir