Relendo o blog, vejo que minha conexão com o outro lado, talvez de uma quarta ou quinta dimensão é forte, mas absolutamente complicada e muitas vezes desconexa. Difícil de entender. Não sei se porque hoje estou triste e deprimida, ou se me faço de sonsa (seria sonça?) ou desentendida, minha vida é algo absolutamente incompreensível, patética, amorfa, perversa. Alguém já disse que falo só de coisas tristes aqui, mas, veja, o que vou contar de alegre?
Tá bem, reconheço que, apesar de tudo, sou alegre na minha tristeza a maioria do tempo, que me esforço para conquistar meu espaço, que tenho saúde física e mental, vez em quando me permito a loucura lúcida, que estudei a metade da astrologia, o jornalismo inteiro, um terço da faculdade de História, li um montão de livros, tenho uma casa que meu pai me deixou, um irmão que me faz ver a realidade, sobrinhos adoráveis e lindos, um carro verde, pantufas macias, meu orixá protetor, megahair ruivo e muito longo, a origem celta e muito mais.
Por outro lado, suporto a síndrome do ninho nunca habitado, um casamento desfeito, outro aos pedaços, uma hora bom, outra não, uma profissão que nunca foi reconhecida, valorizada e muito menos remunerada à altura, os bebês que não viveram, mas estão no topo dos artigos mais lidos aqui, a busca das origens, meu grito de socorro virtual: eu estou aqui! E, por fim, as visões que me foram mostradas, nenhuma realizada. Foram as visões da frustração: o cavaleiro não me entendeu, a montanha em que eu não consegui descer e a casa que se desmanchou em pontilhados televisivos.
Por tudo isso e algo mais ando pensando em mudar o nome do blog: Orgasmo do Desprazer.
Vou chamar o demônio e saber o que ele me diz de tudo isso. Sim, porque Deus tem mais o que fazer.
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