Esta bruxinha excluída não teve a compreensão de seus pais. Um dia ela foi criança também. |
Eu preferiria receber um big mac do que uma maçã! |
Seguramente, ser criança é um estado de espírito para toda a vida, e convém cultivá-la com seus sonhos e medos, principalmente o medo das bruxas dos contos infantis, como o da Branca de Neve e os Sete Anões.
Preservar o imaginário infantil para as nossas crianças é fundamental para o seu desenvolvimento como ser humano. Reconhecer que o medo do escuro ou um monstro embaixo da cama é parte deste crescimento. Por que despejar uma realidade nem sempre verdadeira às crianças? Elas nem mesmo podem estar preparadas, como eu, quando me disseram que o Papai Noel não existia.
Apenas uma única imagem precisa mudar: que as bruxas são más e feias. De certo tiraram esta idéia das "verdades" do cristianismo, hoje tão esfaceladas.
Não me recordo de ter medo de bruxa dos desenhos e contos de fadas. Pelo contrário, elas me incitavam a imaginação com seus mistérios e poções e me preocupava sinceramente com a solidão em que viviam: sempre excluídas pela sua "maldade" ou feiúra. Coitadas! Sentia extrema empatia pelas feiticeiras que viviam sós no meio da floresta.
Do mesmo modo, sempre tinha compaixão pelos monstros dos filmes de terror, perseguidos e mortos. Ou pelos índios norte-americanos mortos em seus cavalos de duas cores. Pobrezinhos!
E assim fui crescendo com esta visão um tanto diferente do resto do mundo. O monstro da Lagoa Negra não devia morrer (ele só queria uma namorada); as bruxas deveriam ser convidadas para as festas nos castelos, King Kong deveria se casar com a linda moça loira, e os apaches e sioux deixados viverem em paz em suas terras.
Cultive sua criança interior e a liberte dos preconceitos. Bruxas podem ser mulheres incompreendidas, mal-amadas e solitárias. Excluir não é um ato de amor.
Feliz Dia da Criança a todos!
Agora imagine a situação de uma criança bela, com cabelos lisos e dourados com dons mediúnicos e poder de cura. Também bruxinhas são incompreendidas e levadas a consultórios de psiquiatras e psicólogos, onde blindam sua sensibilidade para que não mais exerçam sua natureza mais pura.
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